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Brasil quer fechar empresas cúmplices de espionagem

Dilma Rousseff diz que o principal interesse dos EUA no Brasil se deve ao pré-sal brasileiro
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, anunciou que serão introduzidas alterações na legislação de forma a evitar que o país seja alvo de esquemas de espionagem internacionais.
O anúncio foi feito após uma reunião de urgência com o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho e os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, Celso Amorim, da Defesa, Paulo Bernardo, das Comunicações, Helena Chagas, da Comunicação Social, José Elito, do gabinete de Segurança Institucional e Luiz Alberto Figueiredo Machado, das Relações Exteriores, para discutir a resposta à espionagem dos EUA.
Entre várias medidas, Dilma Rousseff pretende criar uma lei que permita punições para as empresas que sejam cúmplices de espionagem, podendo mesmo encerrar as suas atividades. 
"Pode ser banco ou empresa de telefonia. Se cooperarem com esses esquemas, terão a licença de operação aqui no Brasil cancelada", afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, citado pelo jornal "O Estadão."
Além disso, o governo brasileiro quer obrigar os sites estrangeiros a armazenarem os dados de utilizadores no Brasil e não no exterior.
A nível da comunicação interna, serão também reforçados os mecanismos de segurança, sendo criada rede em "áreas sensíveis."
Segundo Dilma Rousseff, o interesse dos EUA no Brasil não se deve a razões políticas, mas económicas, sendo o pré-sal brasileiro o principal motivo, nomeadamente por parte das petrolíferas norte-americanas.
Estas medidas surgem depois do programa 'Fantástico', da TV Globo, ter revelado no domingo que a Agência Nacional de Segurança Americana (NSA) terá espiado as comunicações da presidente Dilma Rousseff e dos seus assessores.

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