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Soldado do caso WikiLeaks diz ser mulher e quer ser chamado 'Chelsea'


O soldado Bradley Manning chega para audiência na qual foi condenado a 35 anos de prisão (Foto: Patrick Semansky/AP)

Bradley Manning disse que fará tratamento hormonal para mudar de sexo.
Sentenciado a 35 anos por vazar documentos, ele acredita que terá indulto.

O soldado americano Bradley Manning, sentenciado na véspera a 35 anos de prisão por vazamento de documentos, disse nesta quinta-feira (22) que é uma mulher e que quer viver como mulher e ser chamado de Chelsea Manning.

Ele afirmou que pretende passar por uma terapia hormonal para mudar de gênero e viver o resto de sua vida como mulher.
"Dada a forma como me sinto e me senti desde minha infância, quero iniciar o tratamento hormonal tão breve quanto for possível", acrescentou.
"Espero que me apoiem nesta transição."
A declaração de Manning foi lida nesta quinta-feira (22) no programa "Today", da rede americana NBC.

Seu advogado, David Coombs, disse, no mesmo programa, que Manning, de 25 anos, espera receber o indulto presidencial do democrata Barack Obama.
Manning cumprirá sua sentença em custódia militar antes de ser desligado do Exército com desonra.
Ele passou a maior parte de sua detenção pré-julgamento na base militar Fort Leavenworth, no Kansas, onde deve permanecer nesta nova fase.

Coombs afirmou que Manning esperou para fazer este anúncio bombástico após a divulgação de sua sentença para não ofuscar o caso.
Durante o processo contra ele, o tribunal ouviu que Manning lutou com a aceitação de sua homossexualidade enquanto vivia no Iraque.
Quando questionado pela NBC se Manning iria demandar judicialmente o governo para forçá-lo a fornecer a terapia hormonal e a cirurgia de redesignação sexual, Coombs disse:
"Não sei sobre a cirurgia de redesignação sexual... Chelsea não indicou qual seria seu desejo, mas sobre a terapia hormonal, sim", disse.
"Espero que Fort Leavenworth faça a coisa certa e forneça isso."
Coombs também disse que não era o objetivo de Manning permanecer em uma prisão feminina.
"Não, eu penso que o objetivo final é estar confortável em sua pele e ser a pessoa que ela nunca teve a oportunidade de ser", completou.

G1

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