Giro de Notícias

Espiava funcionárias com câmera no banheiro



Um empresário de 61 anos é suspeito de instalar uma câmera espiã no banheiro feminino de uma distribuidora de refrigerantes, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, para flagrar as funcionárias em cenas íntimas. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Segundo o delegado Carlos Eduardo Rodrigues, o empresário teria pendurado a câmera - em formato de caneta -, próximo ao teto do banheiro e, por meio dela, gravado a movimentação das empregadas. Algumas mulheres podem ter sido filmadas trocando de roupa.

O equipamento foi descoberto por uma das vítimas. A funcionária, de 47 anos, percebeu a caneta falsa em um lugar estranho. Desconfiada, ela fez imagens do equipamento. Em seguida, a mulher teria retirado a caneta do local e procurado a polícia com uma cópia das imagens.

A funcionária teria dito que as cenas já estavam sendo gravadas no banheiro feminino há pelo menos um ano. Os policiais civis tiveram acesso a duas horas de gravações da câmera espiã e descobriram que o suspeito mantinha o mesmo hábito em casa, onde fazia imagens de uma empregada doméstica. A mulher foi convocada para ir à delegacia para ser ouvida, mas não quis prestar queixa contra o patrão.

O empresário também prestou depoimento, anteontem, e negou que estivesse fazendo vídeos das funcionárias. "Ele confirmou que teria colocado a câmera escondida no local, mas alegou que o alarme da empresa estaria disparando com frequência e, por isso, estaria tentando descobrir o motivo", informou o delegado Rodrigues.

O dono da empresa teria dito ainda que pretendia flagrar um animal que estaria entrando na empresa, acionando o alarme. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência foi aberto e será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
Assédio sexual
O empresário prestou depoimento na 6ª Delegacia de Polícia de Juiz de Fora e foi liberado. Porém, de acordo com a Polícia Civil, ele pode responder por assédio sexual, já que está caracterizada a condição de superioridade do patrão em relação à funcionária. A pena para esse crime pode chegar a dois anos de prisão. "Embora nossa atuação seja criminal, esse tipo de delito também alcança as áreas trabalhista e cível", afirmou o delegado Carlos Eduardo Rodrigues. 
OTEMPO

Nenhum comentário