Japão protesta contra invasão de barcos chineses
Embarcações da guarda costeira chinesa entraram em águas territoriais do Japão, em torno das disputadas ilhas Senkaku, nesta terça-feira (2), que são reivindicadas por China e Taiwan, informou a guarda costeira japonesa.
Pelo menos quatro navios de vigilância teriam invadido o território marítimo japonês. A guarda costeira do Japão havia exigido a retirada imediata das embarcações chinesas, mas receberam como resposta que não deveriam impedir sua navegação.
O governo japonês considerou a ação como invasão territorial, e de acordo como ministro das Relações Exteriores do Japão, Koichiro Gemba, seu país protestou formalmente contra o novo incidente, e pediu para que a China se contenha afim de que alcancem uma melhor comunicação entre as nações.
De acordo com informações da agência de noticias “Kyodo”, as embarcações chinesas já teriam se retirado das águas territoriais do Japão ao final da tarde do horário local.
O arquipélago é controlado pelo Japão, onde recebe o nome de Ilhas Senkaku, mas é reivindicado pela China, que a chama de Diaoyu, e por Taiwan que a batizou de Tiaoyutai. O conjunto de ilhas é pequeno e inabitado, porém é uma posição estratégica na região e pode possuir grandes reservas de petróleo.
A tensão entre os países teve inicio após o governo japonês anunciar que havia realizado a compra de três ilhas de um proprietário privado. A intenção do Japão não seria de causar nenhuma provocação ou utilizar as ilhas, mas foi uma decisão tomada com intuito de evitar agravamento da situação, evitando que um governador nacionalista japonês comprasse o arquipélago e promovesse construções no local, o que seria mais ofensivo para os demais governos.
O Japão argumenta que somente após a divulgação da existência de potenciais reservas de petróleo, em 1970, é que os governos da China e Taiwan demonstraram interesse nas ilhas e passaram a reivindicar.
O governo japonês já divulgou documentos históricos que provariam a posse legitimas das ilhas, como a carta de um cônsul chinês, de 1920, no qual agradecia pelo resgate de pescadores chineses que teriam naufragado perto de Senkaku. A China por sua vez, contesta afirmando que as ilhas fazem parte de seu território desde tempos antigos e que já estaria comprovado, apesar de não terem apresentado provas.
horizontems.com
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