Líderes da Câmara dos Deputados descartam proposta de plebiscito
A proposta de plebiscito sobre a reforma política que valesse para as eleições do ano que vem foi descartada por líderes da Câmara dos Deputados, que decidiram criar um grupo para discutir a reforma.
A ideia não vingou. O plebiscito foi sepultado em uma reunião com líderes na casa do presidente da Câmara. A maioria entendeu que uma consulta popular sobre reforma política para 2014 seria inviável.
As novas regras teriam que ser aprovadas um ano antes das eleições. O anúncio veio mais tarde, depois de outra reunião com todos os partidos na Câmara. A oposição diz que a discussão está encerrada.
“É inaceitável, inadmissível, simplesmente formular perguntas, e o Tribunal Superior colocou claramente que, se a sociedade não for bem informada, pode não reconhecer o plebiscito”, diz o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), líder do partido.
Por orientação do Planalto, porém, o PT não desistiu do plebiscito. Com o apoio de deputados do PDT e PC do B, vai correr atrás de assinaturas para apresentar uma proposta. São necessárias 171. A missão é difícil. Os três partidos somam 128 parlamentares. A iniciativa foi vista como uma solução para não deixar a presidente Dilma sozinha com a ideia de levar adiante o plebiscito.
“Para o PT, é uma questão de honra, porque o PT sempre defendeu a reforma política e nós achamos que ouvir o povo em 2013 sobre quais temas e sobre quais questões da reforma política é algo fundamental para a democracia brasileira”, afirma José Guimarães (PT/CE),
líder do partido.
O presidente da Câmara garante que mais de 90% dos parlamentares não querem plebiscito, mas sinalizou com a possibilidade de um referendo, quando a proposta de reforma é aprovada pelo Congresso e só depois a população é consultada.
“Quem quiser apresentar proposta, a casa vai examinar, mas vamos pegar uma carta de seguro, que é que todos os partidos assumam o compromisso de votar um projeto de reforma política, ouvindo toda a sociedade, que será trazida para esta Casa para o debate”, diz o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), presidente da Câmara.
Durante 90 dias, vai entrar em cena um grupo formado por 13 deputados, que vão elaborar uma proposta de reforma política que deverá ser votada pelo plenário da Câmara.
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